Resumo sobre as principais teorias demográficas:
As principais teorias demográficas são: A teoria de Condorcet, a de Malthus, a de KarL Marx, a Neomalthusiana e a Reformista.
Teorias demográficas otimistas e pessimistas.
As primeiras teorias demográficas se subdividiam em dois grupos, otimistas e pessimistas. Entre as principais figuras otimistas, estavam o inglês Willian Godwin (1975-1836) e o Francês Marie Jean-Antonio Nicholas Caritat (1743-1794), também conhecido como Marquês de Condorcet. Entre os pessimistas, estava inglês Thomas Robert Malthus.
Teoria Otimista de Condorcet e Teoria Pessimista de Malthus
Condorcet via cada estágio da humanidade como superior ao anterior e acreditava que a razão humana não permitiria que o homem se reproduzisse acima da quantidade de recursos disponíveis.
A preocupação então seria não com o aumento da taxa de natalidade, mas sim com a diminuição da mortalidade, visto que esta última viria acompanhada da diminuição da fecundidade. Então o que ocorreria neste caso seria uma transição demográfica, ou seja, a população de maioria jovem e adulta, se tornaria de maioria idosa.
Esta teoria foi formulada durante grandes transformações da civilização com relação ao desenvolvimento do conhecimento científico e vinha com ideais como de igualdade entre as nações, provindos da Revolução francesa
Já Malthus, apesar de contemporâneo de Condorcet, mas vivia em uma realidade diferente, pois o mesmo vivia em plena Revolução Industrial na Inglaterra, o que levou a ter visões distintas das de Condorcet.
Malthus não considerava a perfeição humana. Via que alimento era necessário assim como a paixão entre os sexos. Com isso, contradizia a teoria de Condorcet, que acreditava que o ser humano usaria a razão para ter menos filhos, afim de não ter uma população acima do número de recursos possíveis.
Malthus considerava um crescimento geométrico da população (1, 2, 4, 8 ...) mas um crescimento aritimético dos recursos (1, 2, 3, 4 ...), o problema é que ele considerava o crescimento populacional baseado na população de um país, no caso os Estados Unidos, e os recursos disponíveis de outro, no caso a Inglaterra, ponto pelo qual sua teoria foi alvo de críticas. Ele desconsiderava o avanço tecnológico, que ajudaria a produzir mais recursos, e também a mudança de comportamento da população, pois como dito, criou sua teoria em plena Revolução industrial, onde mais filhos significava mais força de trabalho na manofatura, mas ocorreu que a manofatura foi aos poucos se tornando maquinofatura, onde a população foi se adaptando à nova realidade. Agora, uma máquina operada por um homem, faria o serviço de vários outros. Para Malthus, essa mudança de comportamento seria impossível, pois utilizava de preceitos religiosos, como ''Crecei e multiplicai-vos''.
Teoria de Karl Marx
Karl Marx defendia uma igualdade na distribuição de renda com viés socialista. Analisou apenas o crescimento da classe trabalhadora, o que foi motivo de crítica para sua teoria. Outras críticas vieram pelo fato de Marx considerar apenas a fase atual do capitalismo e não levar em conta as diferenças entre as dinâmicas populacionais de países desenvolvidos e menos desenvolvidos.
Marx falou muito a respeito da população excedente, que seria causada por haver mais pessoas que a demanda de trabalho. Sobre o tema, ele considerou 2 tipos de superpopulação: A superpopulação absoluta, que é o número total de pessoas, ou seja, formada pelo aumento das taxas de fecundidade e natalidade, e redução na taxa de mortalidade; e a superpopulação relativa, formada pelos trabalhadores desempregados, chamados de exército de reserva.
A Teoria Neomalthusiana e Teoria Reformista
Veio após a 2ª Guerra Mundial, onde a população cresceu muito. Para os neomalthusianos, deveria haver a ótima população, nem mais, nem menos.
Acreditavam que os estados deveriam aplicar regimes de controle de natalidade e eram contrários à miscigenação, o que foi por muitos líderes usado como argumento para justifica ações como o fascismo na Itália e o Nazismo na Alemanha.
Para os neomalthusianos, a pobreza e o subdesenvolvimento de algumas regiões do mundo, viria do crescimento populacional. Este crescimento do mundo menos desenvolvido botaria em risco os recursos do planeta, por isso buscavam o modelo familiar chamado de ideal, com dois filhos. Um ponto criticado na teoria, foi o fato de notar-se que os países desenvolvidos, apesar de menos populosos, consomem muito mais recursos que os subdesenvolvidos, devidos aos hábitos consumistas da população.
Os avanços da medicina também preocupavam os neomalthusianos, pois com isso a população além de ter novos nascimentos, teria o envelhecimento dos mesmos e dos já nascidos. Com tudo isso, os governos teria que fazer mais investimentos não lucrativos, como escolas, hospitais, asilos etc, ao invés de mais investimentos lucrativos como fábricas, ferrovias, estradas, pontes etc.
Para os reformistas, deveria sim haver programas socioeconômicos propostos pelos estados quanto ao planejamento familiar, mas não de forma impositória, como o controle de natalidade, mas sim pela instrução da população e uma melhor distribuição de renda entre a mesma.
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